Famílias se perpetuam há muitas décadas na Assembleia.
A campanha eleitoral está nas ruas e junto os velhos vícios. É o poder econômico que se sobrepõe ao debate político. Isto revela a saturação deste sistema político-eleitoral que, a continuar desta forma, tende a manter na Assembleia e na Câmara a maioria dos atuais parlamentares. Inclusive aqueles que não honraram os compromissos assumidos na campanha anterior. É só observar a Assembléia Legislativa, onde o Núcleo de Poder da Casa, além de ser reeleito a cada pleito, é hereditário, passa de pai para filho, de avô para neto, de tio pra sobrinho. São inúmeros tipos de ‘repasse de herança’. Para conferir, basta verificar alguns sobrenomes. E note que alguns filhotes que lá estão sequer conseguem fazer uma frase articulada sobre a política.
Este sistema impõe gargalos importantes à consolidação de nossa Democracia. O poder político para ser democrático precisa de rotatividade, principalmente no Legislativo, assim como é no Executivo.
A Reforma Política é urgente e necessária para criar uma nova forma de financiamento das campanhas, estabelecendo financiamento público, o fim das coligações proporcionais para fortalecer os partidos, a fidelidade partidária para não acontecer esta promiscuidade de filiados de um partido fazendo campanha para outros. Há ainda dois outros itens a destacar: as cotas para mulheres na composição final do Legislativo, para que a mulher possa participar mais da política, e o sistema de voto em lista para acabar com esta guerra insana dos candidatos nas ruas.
Este debate é urgente e necessário, mas cabe aos parlamentares fomentar esta discussão para que a sociedade seja partícipe do tipo de processo político que quer para as próximas gerações. Afinal, mudanças só são possíveis se a sociedade estiver envolvida. Está nas mãos dos eleitores mudarem este trágico quadro.
Do Blog do Floris
Obs- Vejam na sua região se existem candidatos que tratam a politica como um reinado, em que o herdeiro sempre fica com a coroa!
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