Os caciques do DEM Paraná estão em pé de guerra. Em entrevista a rádio CBN, o deputado federal Alceni Guerra acaba de desautorizar o presidente estadual da legenda, deputado Abelardo Lupion.
Segundo Alceni, o correligionário mentiu ao dizer que Rodrigo Maia (presidente nacional do partido) e ACM Neto (líder do partido na Câmara) teriam se reunido com o candidato à presidência da República, José Serra (PSDB) e recebido a orientação de que os Democratas deveriam apoiar a candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo do PR.
Segundo Alceni, o correligionário mentiu ao dizer que Rodrigo Maia (presidente nacional do partido) e ACM Neto (líder do partido na Câmara) teriam se reunido com o candidato à presidência da República, José Serra (PSDB) e recebido a orientação de que os Democratas deveriam apoiar a candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo do PR.
“Estou rindo, como há muito tempo a política não me fazia rir. O DEM propôs hoje a traição. Ir para o palanque da Dilma apoiando o José Serra. Não existe nenhum acordo de 2008 para apoiar o Osmar Dias. Não existe compromisso nenhum do Richa em apoiar nenhum de seus apoiadores. Rodrigo Maia e ACM Neto não tiveram encontro nenhum com José Serra para apoiar o Osmar Dias. Ele está mentindo. É uma traição”, garantiu.
Alceni garantiu que a maioria do partido está disposta a apoiar a possível candidatura do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), ao governo. “A maioria dos deputados é favorável a apoiar o Beto Richa. Ele que retire as declarações ou, se quiser apoiar um candidato que não tem a preferência da maioria, que saia do partido. Não é um presidente de partido no estado que vai contrariar uma decisão nacional”, confirmou.
Alceni disse ainda que não pretende apoiar uma eventual candidatura de Lupion ao Senado. “Não sinto nenhum conforto em apóia-lo ao Senado com esta postura que está tendo. Acho que estamos chegando no fundo do poço no DEM do Paraná”, finalizou.
IRMÃO DO REQUIÃO TORRA GRANA DO PARANÁ EM BRASÍLIA
Do Roger Pereira, no Paraná Online
A bancada de oposição deve apresentar pedido de informação nos próximos dias sobre as contas do Escritório de Representação do Paraná em Brasília. Dados do portal Gestão do Dinheiro Público mostra uma elevação de 46% nos gastos do escritório depois que Eduardo Requião, irmão do governador Roberto Requião (PMDB) assumiu a pasta. Dos R$ 636 mil gastos em 2008, a despesa do escritório saltou para R$ 931 mil no ano passado.
Os deputados de oposição foram munidos de informação pelo vereador de Curitiba Professor Galdino (PSDB). Soldado tucano, como se auto-intitula, Galdino fez varredura nas contas do escritório divulgadas na internet e achou estranho a fato de a maior parte dos recursos da secretária terem origem nas estatais do Estado, como Copel, Sanepar, Detran-PR e a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), administrada por Eduardo até que a súmula vinculante anti-nepotismo do Supremo Tribunal Federal (STF) o afastasse do cargo.
O aluguel do prédio, R$ 18 mil, é pago mensalmente pela Copel. Da Sanepar, o escritório recebeu R$ 144 mil, contabilizados como despesas de representação. A Companhia Paranaense de Habitação (Cohapar) forneceu, no ano passado, R$ 60 mil, para convênios e serviços terceirizados. Do Detran, foram outros R$ 166 mil , com assistência técnica.
Outros R$ 86 mil vieram da ParanáCidade e R$ 75 mil da Celepar. Mas o maior volume de recursos saiu da Appa, antiga autarquia de Eduardo, que forneceu, no ano passado, R$ 200 mil ao escritório de Brasília, o valor faz parte de um repasse mensal, que variou de R$ 10 mil a R$ 20 mil no ano passado, definido pelo governo do Estado.
Galdino apontou, também, a “contribuição espontânea de, ao menos, dez empresas privadas. Três delas mantêm negócios com o Porto de Paranaguá: a Cattalini Terminais Marítimos, a Paraná Operações Portuárias (Pasa) e a Álcool do Paraná Terminais Portuários (Alcoopar)”. Eduardo Requião alegou que as despesas aumentaram porque aumentou a importância do escritório em Brasília.
“Deixamos de ser só um escritório de representação e passamos e ser uma Secretaria efetiva. Além disso, a Secretaria passou a ser um braço da TV Educativa, com programação produzida em Brasília”, disse.
Ele lembrou que a Secretaria não tem orçamento próprio por ser uma Secretaria Especial e não uma Secretaria de Estado e que, por isso, é sustentada com apoios dos outros órgãos. “Como nós damos apoio à Sanepar, à Copel, ao Porto, essas estatais colaboram com o nosso orçamento e a secretaria presta contas a estas instituições”.
Eduardo disse, ainda, que nenhuma empresa privada contribui com o escritório periodicamente. “Apenas quando estávamos reformando o escritório, algumas empresas que operavam no porto fizeram doações. Coisas como pintura, tapetes, móveis, piso, nenhuma doação ultrapassou R$ 20 mil”.
O secretário viu na denúncia “motivação política de um cidadão que não goza da plenitude da sanidade mental. Vou premiá-lo com um processo se ele insistir nessa brincadeira”.
FONTE: http://www.fabiocampana.com.br/2010/02/irmao-de-requiao-torra-verba-do-parana-em-brasilia/
Beto viaja por todo o Estado. Mas esquece de governar a cidade para a qual foi eleito
Os marqueteiros, os marquetólogos e outros seres do gênero me aconselham a não falar mal de quem está bem nas pesquisas. Mas não quero nem saber. Falo mesmo.
Não é possível me omitir diante de tanta inércia na capital. A gente vê as obras paradas, os radares são ligados e desligados. O lixo tem problemas. O transporte coletivo, depois de 30 anos vai passar por licitação. Isso pra falar por cima.
Apenas uma volta pelos bairros mais periféricos de Curitiba, a gente tem a impressão que a cidade carece de prefeito. São buracos, valetas a céu aberto, roedores que transitam por todo o canto, é lixo não recolhido, é falta de posto de saúde, de escola, de serviços públicos essenciais. Enfim, falta de tudo. Sobram problemas.
Eleito para um mandato de quatro anos, Beto ainda tem dois meses para governar a capital. Ele que surfe nessa maré que rema a seu favor e aproveite bem esses dois meses para dar um ferro nas obras paralisadas, no ritmo lento do executivo municipal para enxergar essas situações, nas sogras dos amigos e nos ‘amigos-laranja’. Do contrário, ele vai deixar a marca de turista acidental.
FONTE: BLOG DO FLORIS
FONTE: BLOG DO FLORIS
