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segunda-feira, 15 de março de 2010

TA CHEGANDO A HORA!



O triste fim do Governo Requião!

Do Blog da Ruth Bolognese
Foto : Denis Ferreira Neto

O número é cabalístico, mas descontando sábados e domingos, faltam 13 dias para o governador Roberto Requião concluir o seu terceiro mandato à frente do governo do Paraná,tempo apenas superado na nossa história pelos 13 anos (olha o 13 aí de novo, meu Deus do Céu) do interventor, Manoel Ribas, o Maneco Facão, nos longínquos anos 40. É cedo demais para avaliar a herança da era Requião na economia e no desenvolvimento do Paraná e isso a história, sem a emoção da hora, o fará com maior precisão. Mas é visível que nesta reta final de saída, o governador vem sabotando, por sua própria conta e risco, a imagem que deveria deixar para os paranaenses: senão a de um perfil político ousado, administrador probo e com visão de estadista, porque o longo tempo de convivência corrói qualquer fantasia, mas pelo menos a de um governador que sempre teve o mando do seu terreiro, tanto do ponto de vista institucional como partidário.

No lugar do político ousado, que o levou a vencer, por três vezes, grupos poder da República pelo seu partido, o PMDB, que desapareceu sem mais nem menos e só não se tornou uma piada de mau gosto pela desimportância do fato no cenário nacional peemedebista. A partir desta patacoada praticamente isolada e sem sentido, pouco antes do verão, o governador Roberto Requião passou a agir tal qual um daqueles bonecos de postos de gasolina que se animam pra lá e pra cá conforme o vento manda. Discursou e discursou contra a política econômica do aliado presidente Lula, acusou em praça pública o ministro paranaense,Paulo Bernardo,do Planejamento, de ladrão e twittou à vontade contra o PT do Paraná, que tem dois secretários de Estado no governo dele, o que afastou qualquer entendimento entre o PMDB e o PDT do senador Osmar Dias. E fez que não viu que seus deputados de cozinha, aqueles que freqüentam a granja do Canguiri, residência oficial do Governo, dia sim e dia também, estavam pulando a cerca em direção ao candidato do PSDB, Beto Richa, adversário de sempre. Num lance de desprezo total à coerência partidária, manteve silêncio diante da tentativa de seus áulicos de defenestrarem o velho companheiro, deputado Waldyr Pugliesi, da presidência do PMDB do Paraná e oferecer-lhe o cargo vago na bandeja do puxassaquismo.

E nesta semana, às vésperas de deixar o cargo, tratou nos cascos as manifestações contrárias da Polícia Militar ao seu Plano de Cargos e Salários para a tropa, na base de “rua e cadeia” para os insatisfeitos. Na gritaria, não percebeu que o significado real do movimento da PM do Paraná vem na esteira da corrosão do poder, que lhe escapa pelo vão dos dedos. Daqui mais duas semanas, eis aí um Roberto Requião como cidadão comum e com uma campanha para o Senado pela frente. E aí será a hora de pedir voto. Ou da onça beber água.

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